As pessoas ali vivem: moram, trabalham, planejam, tomam decisões e ironicamente projetam outros prédios. É dentro de prédios que nascem outros prédios, como num círculo vicioso, o que provoca uma sobreposição desses imensos blocos de concreto. Não há espaço para deixar espaço entre eles, de forma que eles quase se confudem, mal se distinguem.
Olhando de cima, as pessoas lá embaixo são iguais, como vultos. A distância física traz com ela a impessoalidade.
Olhando de baixo, há uma sensação de sufocamento, como se a cidade quisesse te consumir porque não é possível saber a real dimensão daqueles arranha-céus, nem sequer ver onde terminam.